terça-feira, 20 de dezembro de 2011

MELODIA





QUE 2012 SEJA O TEMPO DA MELODIA

ANTES DE CÉREBROS ELETRÔNICOS E HERMÉTICOS

CHEGUEM OS PANDEIROS OS PASSISTAS OS RITMISTAS,

POIS SÃO RÍMICOS POR INTEIRO.

SOB OS APLAUSOS DO POVO AOS SEUS MENESTRÉIS

AUTÊNTICOS E VITAIS SÃO ELES

GENIAIS CADENCIADOS IRREPETÍVEIS EM SEUS ECOS

QUE TRIUNFEM SOBRE OS TORTURADORES PODEROSOS

ESCONDIDOS ONEROSOS E FUNESTOS.

SOBRE SEUS TRONOS ELES SABOREIAM

MALVADEZAS INVISÍVEIS E LETAIS.

À ARTE ELES EMPALAM COM INCRÍVEL DESTREZA.

FAÇAMOS QUE MELODIAS CHEGANDO ÀS LETRAS

DERROTEM SUAS AMEAÇAS DE TOTAL INÉPCIA

E QUE EM VITÓRIA DESFILE A POESIA EM SINFÔNICA HARMONIA

CRUCIAL, COLOQUIAL EM FRATERNAL MELODIA DE SEUS VERSOS










terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Léguas-Quilo


I
LÉGUAS-QUILO
Quantas léguas-quilo de jornais devoro
Para emitir duas páginas de um juízo correto?
Quantos meses meço silêncios até que ouvidos captem
A melodia ignota, original, inédita, de um eco?
Quantos países perco nestes pavimentos
Que me cercam e encerram?
De quanta criança me privo por seus amanhãs mais justos
Menos incertos?
II
Quanto chumbo de solidão carrego,
solidão que não peço?
Em que conclaves não me arrisco pensando haver
Caminhos mais retos?
III
A quanto exílio me vetam
Crendo-se o tirocínio certo?
IV
Como montar um filme de vida
Sem reprises de minha imaginação
Tridimensional, espacial, hodierna e pregressa?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

INVENTÁRIO EMOCIONAL SOB O SIGNO DE CANCER


O futuro do Brasil posterior a Ilhéus, na véspera da encruzilhada, sem carro prá dar ou não marcha ré, sem disquete onde ao menos as letras chegassem a alguma melodia esboçada e começada em , onde plantada foi o esboço do cadáver vestido da cabeça aos pés, isso sem saber se em algum jardim há sepultura, buraco reservado ou mausoléu. Sem cuidado , lira ou documento, esperando em urgência o menestrel. Cansada da perda de tempo e sem ter chegado a Bahia e nem a Ilhéus. Sem sapato, sandália, calçado, que fizessem-me chegar ao "sarapatel". Nem as comidas baianas, os quiabos, pastéis, acarajés, que as boas baianas sob chuva ou sol, fazem descer lá do morro, em iguarias para os seus fiéis fregueses e também seus menestréis. Antes que sejam destronados pelos cérebros eletrônicos e nós sem réis.