terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A M I Z A D E I I I


Por serem Sínteses

Por serem Liberalidade

Por serem Liberdade

Por serem Descobertas

Por serem Retratada realidade

Por serem MUSICALIDADE

Por serem CRIATIVIDADE

I miss them when I’m far away

Chamo-as também de AMIZADE


POEMA DE SAUDADES DE MINHAS DUAS LULUS

ESCREVINHADORES E ESCRITORES

Eu me pergunto o que leva as pessoas a escreverem ininterruptamente: toneladas de pessoas escrevendo toneladas de sentimentos, exagerando toneladas de despretensões, inutilizando toneladas de papéis, exasperando toneladas de leitores que dali saem com os olhos exaustos, as cataratas latentes, as lágrimas aos tonéis, a paciência estourada, o bom senso esvaziado, a agressividade multiplicada, a aspiração longe da plenitude, o assunto para os enredos quase nulo. Será o sucesso? O dinheiro? A despersonalização? A falta de identidade? A falta de ouvido amigo? A falta de emprego?
Qual a diferença que há entre uma Clarice Lispector e a enorme quantidade de outras escritoras? (Clarice foi advogada e depois escritora) Mas há psicólogas escritoras, médicas escritoras, músicos escritores, professoras escritoras, teleatrizes escritoras, aposentadas escritoras e até bonecas escrevinhadoras. Deus poupe os leitores de tanta proposta junta. Falta de dinheiro dá nisso? Até sobre a escrita há que se deblaterar. Ah...as filósofas escritoras são muito bem vindas...saem da filosofia para a escrita, o caminho inverso das que começam a escrever e acabam pensando com a escrita. Pensar quer dizer brincar...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

"O Souza"

Ontem perdi um jornal que guardaria em meu arquivo. Bem em cima de uma máquina de Xerox. Lembro disto agora frente a folha em branco que precisa ser preenchida já. Agora. Visceral preguiça de reprocurá-la. Muito bem se achar a perdida. Se não achá-la, melhor ainda. Exercito meu desapego, talvez alguém descubra quão difícil é o convívio do poeta natural, com a redatora ocidental. Acidental. Folheio Bandeira. Encharco-me salutar e vegetativa de seu transbordante impulso vital. Linhas que nos irrigam, restauram, surpreendem sempre. Até hoje. Até hoje dão-nos infinitas bandeiras. Infindáveis alegrias. Acima tuberculoses, doses, neuras, chorosas notícias, guerra. Concretizaram harmonias, melodias, musas, chaves, risos, santas, assassinos, meninos e política. Sobrenaturalmente. Regional e universalmente tenho para mim que só há uma resposta para tanta vida. Não ter deixado que ninguém, nunca nem nada sufocasse complexíssimo seu animal. Respirando natureza. Transfigurando, cinzelando, depurando seu bicho. Legando-nos finíssima a teia de seus acordes, seu teclado, seu riso – sorriso, seus soluços, suas traduções. De autores e autoras, de homens afinal. O Manuel. O Souza. O Bandeira. POETA IMORTAL.