quarta-feira, 22 de janeiro de 2014




    A linguagem dos signos e a virtual imperam, 35 anos de Português autentico seriam um enterro de cidadãos e de artistas sem fugas, caso eles não pulassem para tábua de outro surf. 
    A linguagem das cores, das paisagens dos vestuários, são por isso minutos e êxtase visual,








elegância motivadora e alegria indiscutível,  aí vai um reportagem de Renam Cristofolet e style de José Caramano, fornecem ambos aos olhos caminhos de alegria e reforma de roupas insubstituíveis e de saudável criação. 



extraído da Revista Vogue Brasil/Rio edição 423.

terça-feira, 16 de julho de 2013

CASAMENTO DE UM NETO



Apresentei-me figurando como as garotas das galerias de Ipanema que vendem todo o tipo de arrojados, pulseiras, colares e trocam-nas de dois em dois dias. As pedras pesadas dão impressão de enorme valor. Algumas cantoras de grande bossa além de adoráveis canções amarraram enormes flores nos cabelos mais crescidos. Comprei um raminho de botões dourados que eu colocaria atrás da orelha direita. Com o vestido sóbrio e escuro esconderia os quilinhos a mais da velhice e da mordomia proporcionadas pela Arte. Enternecida quase descrente encaminhei-me para o apartamento da festa, três calçadões adiante. Me lembrei de quando eu pensava: - Graças a Deus ele não morreu! Ele resistiu graças a Deus! (pensamento que temos quando nasce um neném).  Mas ele lá estava, alto, forte, sorridente, podendo ter me servido de par ou mesmo de pai, em aparência. O serviço rolou muito fino e as formas de gulodices satisfizeram aos paladares mais inesperados. Descobri um vinho e uma champanhe de excelente paladar. Conversei com um rapaz do Buffet, com um colega de engenharia de meu neto e com um clínico geral. As jovens senhoras da festa elogiaram-me o vestido e o cabelo. Foi uma pena que na esquina do Garota de Ipanema, um automóvel derrubou o muro . O  rapaz foi preso acolizado, porém tudo anda bem. E minha professora de computador disse que me viu em duzentos e oitenta e três países na internet, estou indo longe, fiquei conhecida na Rússia, Lituânia, Austrália, França, Suíça, mas enfim graças a Deus meu Blog bombou.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Loquacidade, louca cidade


Loquacidade, louca cidade

                Todo mundo saia junto sob um par irresistível de tambores também irresistíveis. Lá ia a Banda de Ipanema sair de frente do restaurante Jangadeiros. As fantasias criadas e inventadas eram pelos batuqueiros. Uma trovoada bonita. Os executantes todos machos alguns de fraldas indianas outros com a boquinha pintada de batom todos de calção de banho tipo short. Bermudas estavam longe de se tornar um must como são agora. As mulheres algumas usavam jeans com um chapelão de bandido, outras turbantes indianos ou gregos. A maioria não queria mais do que obedecer ao ritmo dos tambores, dos músicos e dos cantores.
                Violência, desordem insuportável, intervenção policial, não havia, nunca ninguém precisou de polícia. A moda era para protestar, reclamar, conjurar, compadecer-se. Clamar por tempos de maior justiça, boa vontade, compreensão, encontros beijoqueiros irresistíveis, inesperados que tornassem possíveis reencontros inauditos.
                A volta pelo bairro inteiro era demorada, quem ficava nos balcões, varandas, janelas, é que estava esperando “a banda passar”. E comentavam essa banda está demorando demais. Depois, outros diziam será que houve barulho?
                De repente percorriam com força extraordinária, com novos tamborins, pandeiros, tambores. E os músicos mais entusiasmados eram os músicos mais conhecidos e mais antigos. Ninguém fora detido, ou retido, ou rasgado, ou machucado. Uma pequena parcela anunciava, paramos por exaustão!
Aqui dou um respiro fundo: ”Onde estão meus generais?”
                Albino desaparecido, Paulinho Góes, não encontrável, e os abraços? Os beijos das despedidas? Mas que é que eu faço, Deus meu? Recordando meu tempo desaparecido? Procura insana “a La Recherche” dos tempos perdidos? Isso é ser cultural minha gente? Onde foi mesmo que enfiei minhas fantasias?
                Hoje no Jangadeiros, um almoço tranquilo, descompromissado. Vejo uma mesa grande, apenas de senhoras, bem vestidas, bem penteadas e calçadas, dão vida ao amplo espaço do restaurante. Revitalizadas, separam-se, despedem-se e desaparecem. Nada tenho mais a fazer no recinto reatualizado agora, num feitio distintíssimo.
                Minha bengala e eu revitalizamo-nos com o clima atual, aproveitarmos, expressarmos, formularmos as lembranças numa nova crônica.
                Ei-la! Quase pronta tímida e útil, fazendo brotar flores de fertilidade, de calor humano sensível, se bem que desajeitado por esperança juvenil de nos encontramos certos e na rua, na alma da boemia carioca. Dou um carnavalesco Adeus às saudades,tantas desajeitadas disfarçadas em elegância.
                Mas os moços organizaram a banda jovem, mas ali eu não persistiria no mesmo tom, nem enfeitaria a minha idade. E agora, despedindo-me com muita seriedade e súbita saudade. Salvou-me por favor, minha loquacidade na minha louca cidade.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

NATAL DOS ESCRITORES


I
Deixemos este “aqui e agora”
nos redimindo este natal
Provar que nossos encontros foram muito + (mais) somas e glórias do que subtrações afinal

II
Confortados, atentos, virtuais, nossas mentes unidas com nossos livros e volumes sonhemosTornando-nos esperanças de futuro em excelência

III
Assim nossa clã sempre meio difícil, compreendendo verá coroados seus esforços na noite de outro Cristo nascendo Resgatadas nossas memórias lidas relidas manuseadas vendidas

IV

Brilhariam simultâneas com o cometa, as estrelas, José e Maria e os bichinhosEntre reis estaremos como divindades adoradas e incluídas nosso Sabadoyle prolongado num tempo sem finalPor séculos e séculos infindo e ao infinito




terça-feira, 4 de dezembro de 2012

RETRATO DO PASSADO QUE SE ESPELHA EM CACOS NO PRESENTE



CAMINHO DO CORCOVADO


Depois de terceiro assalto senti que erradicaria o mal pela raiz. ADEUS A MALA DA FAMA QUE DURA QUINZE MINUTOS, ADEUS FALAS EM PÚBLICO. Na volta a ambiência inesperadamente surda, muda, fria. Cômodos vazios. Não só vazios, mas atulhados de cada dia mais pensamentos chegados de diversas ideias surgiam e sugeriam mudanças de SALVAÇÃO. Na prática pouco funcionam em eficiência. Cansaço. Adeus esperança nas injeções de adrenalina do exercício do nada sobre coisa nenhuma. Dormir cedo embalada pela novela das oito, acordar maldizendo separar-se... de macios travesseiros . Vegetar por calçadas caçando pão e malditas fantasias severamente podadas pelas locais notícias. O ambiente só mergulhou em saudáveis nostalgias dos tempos “Love and glory” revendo retratos da princesa Grace falecida antes do príncipe Rainer com sua agitada prole. Desfile de barões e de brasões de carrões e de figurões da nobreza europeia. Jóias e plumas enfeitaram as capas das revistas durante o casamento do príncipe Charles com a substituta de Diane, Camilla. Depois do desfile das celebridades de Londres e de Monaco  a volta à Jurassic Park; o cotidiano ressoou animalesco e antidiluviano. Depois foram as semanas dedicadas a Paulo VI e eleição do seu substituto. Já no terceiro mundo depois da terceira queda, depois do terceiro assalto, saio a buscar a esmaecida identidade, da carteira desaparecida ficara eu sem rosto no universo documental da cidade. A cabeça dividida pela praça dos três poderes.
O legislativo as leis tornaram-se silvestre, o executivo impossibilidade de resolver apenas com verdes toda sorte de pressões e carências. E o judiciário as leis poéticas vem debater-se inócuas contra os órgão e compartimentos competentes adequados. Conecto-me então com um passeio de subida ao CORCOVADO, no belíssimo percurso vai o bondinho deslizando entre as brancas estatuarias de deuses gregos que emergem de dentro da densa mata. Nas muitas curvas do trajeto estonteantes sobre a cidade. Musicais, as falas dos poetas ondularam harmonias até o alto crepúsculo. Recupera-se a perda de identidade depois do terceiro assalto, após a terceira queda no terceiro mundo.










terça-feira, 27 de novembro de 2012

PINTOR E SUA AURA




A cidade repleta de seres incompletos
busca alívio do que a fere.
São incêndios, assaltos, tiroteios nossos alimento.
E penetram-nos por inteiro em ofertas.

Por isso a respiração das tintas sobre as telas
volve após seu uso a água que a dissolve e não a expele.
Continuamos eu e a Neize o diálogo das calçadas
Até entranharmos a noite que chega
Conversando: Arte Tépida

Assim conheço sua morada
artista que trabalha, que desliza e que desvela
tornando em ritmo e em oxigênio figurativos os vegetais e plantas
de sua íntima floresta
Depurado desenho entre as molduras as mais severas
chegando ao pontilhismo e ao abstrato
delimitando fibra e flora em sintética forma geométrica.
E Neize e sua arte agora de braços dados caminham
A pintora destarte sua aura evolução sendo:
SUA SINTESE, SUA CONQUISTA, SUA RESTEA LEVE,
SEU PROGRESSO SUCESSO

terça-feira, 24 de abril de 2012

SEGUINTE


Se a véspera foi de festa, o dia que se segue, poderá se tornar apenas estrídulo, nessa caquética perfuração estéril. Valerá a concentração? A tentativa da melopeia. Sobre feridas latentes? Perigos abertos? Silêncios admitidos enfim confessos? Admitindo-os como: medo invencível, estrebuchar de fera velha sem eco, no deserto? E só enxergar a verticalidade nas pirâmides dos prédios? Achemos outro encadeamento sem tropicalismo mesmo que seja num exercício: um correr na praia, seguir no calçadão o desenho até a areia, um perseguir atletas e campeões em descontração, centrar lembranças de tempos e imagens em captação!
Re-soprar bolhas e bolas imaginando novas ilusões.Parando nalgum quiosque, saboreando a cervejinha e: Ordená-la, condicioná-la, evaporá-la, dissorá-la,fazendo-a chegar: à Canção.