sexta-feira, 30 de março de 2012

PORTO SEGURO


Encontro de livro (póstumo), mas novo
de João Cabral e sua secura, tátil e segura,
Que nos devolve respiração
encontro, calma, estudo múltiplo

Achados em seu livro de poemas:
Simetria, beleza, matéria, muita,
Ainda inédita. Lubrificando-nos de sua garra,
Tornando-nos videntes, visuais, iluminadas
Sem escuro
Estimulando-nos até as próximas
“Paisagens com figuras”

Trazidas desde já há Três viagens
De espectador, sem direito a desenhos
Ou vislumbres,
Tornem-se assim mesmo proveitosas
Afirmações, desenhos, luz pro futuro

Provando que o belo mais o bom,
Vencendo o óbvio e os mistérios obtusos
São como a quebra do mar
sobre as areias
Azul que não azula
Clareia, ressoa, irriga, é “o tudo”

Reouvir, praias coqueiros
sua visão: resumo, indulto,
É a linguagem o descanso contra os acúmulos
Sua música: é quando o medo calou-se
É lápis, é ritmo, é música, são noturnos.

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